Tuesday, April 2, 2013

Votem em mim!

Sim, no blog vou fazer uma campanha des-ca-ra-da, meus amigos.
Estou aqui para pedir seu voto no site do Camiseteria  para a minha idéia que se chama Seleção Natural. Porque um vira-lata nada mais é do que um blend selecionado de raças!
(votem se gostarem da ilustra, é claro)




Lá eles fazem uma seleção de desenhos que ficam em votação por alguns dias, para saber qual vai ser aprovado pelo público.

{ É uma mãozinha, um clique, uma coisa fofa que só vocês podem fazer por mim. Quem sabe a minha mascote aqui de casa não vira camiseta?}

Beijos!

Monday, March 18, 2013

Arquitetura de informação

Como não sobrecarregar o cliente com muitas informações?
Esse case é sensacional, pessoal:
De maneira simples e  lúdica, você monta um eletrônico que acabou de comprar!

Friday, February 22, 2013

Cartaz de cinema é coisa do passado!

Olha que bacana essa ação que vi na estação Pinheiros do metrô: ao invés de emplacarem uma mídia tradicional para o novo filme "Duro de Matar", foi colocado num canto estratégico - no caminho entre uma escada rolante e outra - essa "bomba relógio", fazendo contagem regressiva da estréia do blockbuster.
Não é interessante?
Parabéns aos criadores.

Tuesday, November 6, 2012

Sobre preconceitos. E conceitos aprendidos

Acredito que pelas experiências vividas em diversos lugares que trabalhamos, podemos compor um leque bem diverso para nossa formação.

Já notou o desenho art noveau de uma curva francesa? Aliás, já usou uma?
E, é vencendo o medo do novo, de novas mídias, de metodologias trazidas por colegas, que nos tornamos mais completos em nossa área. Por isso, antes de bravejar que não gostamos de certos processos, programas e tudo mais, procurar aprender a lidar com eles é fundamental.
Afinal, problemas nos ensinam a ter jogo de cintura.
Já a tecnologia surge para nos auxiliar, mas precisamos entender
sua linguagem para usá-la de maneira correta

Aqui entre nós: deveríamos pegar leve nos rótulos, não? Simplesmente porque não compreendemos, não poderíamos negar novidades... mas não é bem assim.

Que mania que temos em classificar coisas! Nós designers temos curiosidade, mas temos essa coisa imediatista - o botão "amo/odeio" - que pode ser um tiro no pé.

É preconceito, falta de flexibilidade - e sensibildade de nossa parte: ao nos depararmos com uma paleta de cores inusitada ou com uma forma de produzir diferente da nossa, é sempre um exercício tentar entender seus "porquês" antes de taxar algo como ruim.

Sabe, trabalhei com muitos tipos de profissionais e, graças à um grande mestre, fiquei atenta que em todo lugar temos coisas a aprender:

{ Numa clicheria bem simples, observei diferentes técnicas de impressão (e que tipografia não é tipologia, ok?) | Com os desenhos técnicos em outro lugar, descobri que isométrico pode sistematizar um gráfico, assim como no escritório de design de produto aonde estagiava, que aprendi a ser metódica com linhas e medidas, o que me ajudou com branding mais tarde | Numa agência de propaganda, se aproximar visualmente de diversos públicos para vender diferentes tipos de imóveis  foi um avanço.... e tive contato com linguagem empresarial quando fiz revista customizada para um banco e quando trabalhei no marketing de uma empresa de TI... aliás, nesse mesmo local tive a oportunidade de conhecer um pouco do mundo web e entender meu lado nerd latente | Endomarketing foi a lição de casa de um estúdio que estive por um ano e, numa editora anterior a que estou hoje, comecei a entender a editoração | Com a minha dupla de criação, a Esmeh, entrei em contato com o "crème-de-la-crème" dos redatores publicitários e soube que usar com parcimônia a exclamação é uma dádiva | Já no estúdio de uma colega diretora de arte, fui conduzida a ter um olhar mais poético das imagens e, aonde estou, aprendi o valor de um bom jornalista e o que podemos agregar às suas narrativas.
E por aí vai... }

Tantas lições, vários professores voluntários e involuntários... E confesso que, cada vez que me deparo com uma novidade, sair da zona de conforto me deixa um pouco em pânico, sim: mas de maneira alguma deve nos paralisar. Apenas é diferente...
...e incrivelmente excitante para alguém que precisa conhecer
diversas formas de se expressar, como nós designers.

Wednesday, October 31, 2012

Uma camiseta, dois mascotes e um punhado de trigo


Game of Thrones é um seriado do estilo fantasia medieval, baseado em livros de R.R.Martin.
Nele são descritas lutas cruéis e jogos mentais pelo poder. Cada Família (chamada Casa), tem seus lemas,  símbolos, mascotes - bem ao estilo feudal. Camponeses vassalos são juramentadas aos nobres, senhores de castelos etc

Bem, no aniversário de uma amiga, que também é fã da trama, resolvi presenteá-la com uma camiseta da série. (abaixo ilustração da camiseta comercializada pela Nerdstore, que é linda demais!)

Para dar uma graça à embalagem, procurei uma caixa de mdf que se assemelhasse com um pequeno baú, típico da idade das trevas européia.


Para decorá-la, pensei na linguagem que os diretores de arte da série usam: com muito contraste de luz e sombra. Ao escurecer a peça com betume (depois de lixada e impermeabilizada com goma laca), dei pinceladas secas de pátina dourada, para dar um ar rústico porém revisitado coisa e tal.


Usando o fato de que na casa da minha amiga moram dois bichanos bem simpáticos, comprei dois apliques - em forma gatinhos - de mdf e simulei um brasão com arabescos para a família dela e "inventei" um ícone para a "Casa Xavier". (Esses apliques são facilmente encontrados em lojas que vendem artigos de madeira e mdf)


Para dar o ar de taverna ao baú e fazer uma "cenografia", comprei trigos secos, que remetem à cerveja - bebida largamente utilizada na narrativa.


Já o cartão nada mais é do que uma carta com tipografia de pena (como é apresentado nos episódios) e para dar o tom mais épico e sóbrio, escrevi utilizando os termos que os personagens costumam declamar...
mas traduzindo mesmo é apenas "feliz aniversário e tudo de bom!".


"os grandes cães negros do leste saúdam os misteriosos felinos do sul"

Thursday, February 24, 2011

Vamos falar de fotografia

Trabalhar em revistas é uma delícia e muito estimulante: cada vez mais a gente acaba conhecendo feitos de profissionais fantásticos. Dentre eles, designers que criam coisas no estilo "como-não- pensei-nisso-antes", jornalistas gênios, ilustradores que parecem ter vindo de outro planeta e fotógrafos que criam obras primas com suas luzes e sombras.
Hoje, a criatura gráfica em questão é o autraliano Nigel Cox, um monstro na arte de fotografar stills.
Essa foto (abaixo) acho sensacional e supreendente para um artigo de luxo. Vocês não acham?
 E essas composições?


Luzes baixas (para os detalhes de sombra ficarem nítidos), contrastes. Tudo é tão trabalhado que a gente fica meio alucianada. E tem mais, olha como ele trabalha com alimentos... não fica apetitoso?
 A sacada de "acabei de pegar um teco" é genial. Ideal para nossas revistas masculinas.

Saca preste atenção nas texturas. A foto (abaixo) é quase monocromática. Mas é incrível a quantidade de detalhes da imagem




E o cabra humilha... Olha essa moda inverno masculina.
 


E vocês? Quais fotógrafos curtem?

Wednesday, January 19, 2011

Um projeto e uma matéria apaixonada

Ano passado na edição de Maio, mudamos o projeto gráfico e uma das coisas novas a estudarmos era a maneira como lidaríamos com imagens.

Sim, porque ao transformamos o visual da revista, passamos a usar fotos maiores e mais estouradas, porém numa quantidade menor  (senão ficaria uma loucura dadaísta, imagine). O ponto alto desse nosso projeto é uma simplificação das informações, para uma leitura mais, digamos, dinâmica.

Uma das matérias dessa edição que eu mais gostei de produzir foi a do texto do indefectível Dagomir Marquezi, que pescou letras das músicas dos Beatles e extraiu grandes lições: O que eles tem a nos ensinar sobre viver melhor foi uma delícia de fazer.

Eu estava ausente no dia que o texto chegou (tirei o siso e fiquei em casa inchadona sonhando com a matéria) e nosso diretor de redação, que foi o jornalista responsável por editar a matéria também, primeiramente havia cogitado algo psicodélico e letras no estilo "Magical Mystery Tour".

Boa referência. No entanto, o novo projeto que estávamos implantando talvez precisasse de outro tratamento, valorizando as novas famílias tipográficas, lapidárias e sequinhas. Ai pensei com meus botões: "vamos decodificar as criações, o que se passava na cabeça dos cabeludinhos, né? E esse, fizessemos uma lobotomia nos mop-tops?"

Eu – que sou pouco beatlemaniaca – resolvi procurar o icônico ensaio de 1964 que Norman Parkinson (fotógrado inglês de moda) fez dos cabras. 
E achei a imagem do abre de matéria! Todos olhando para cima, olha que fantástico.
Para a continuação, usamos como inspiração o álbum Revolver. Pedi para o ilustrador Mauro Nakata desenhar os músicos – apenas linhas – em cima de uma foto que enviei. Na sequência, recortei e trabalhei com desenhos vetoriais que fui criando e com fotos de época do banco de imagem da editora.
A fotomontagem faz a alusão que queríamos e tenta chamar a coisa do humor inglês espirituoso do grupo, essa coisa gostosa do absurdo 60s, meio Monty Phyton, que tem tudo a ver com os Fab 4 (ao lado).
Coloquei a fotomontagem na mesma altura da tarja do abre: assim, o leitor abre a matéria e tem a impressão de observar dentro das quatro mentes liverpooldianas.
O resultado foi bacana e a gente aqui da redação ficou bem feliz no final, porque nossa matéria foi eleita como uma das melhores das edições de Men's Health do mundo naquele mês (Maio 2010), saindo inclusive na edição da África do Sul meses depois.